sábado, 28 de março de 2015

Shiatsu - parte I

O nome Shiatsu significa literalmente pressão dos dedos (chi significa dedo e atsu, pressão). É uma técnica de massagem terapêutica que tem origem na Tradicional Medicina Chinesa e foi incorporada na medicina japonesa. Essa técnica vem sendo utilizada pelos orientais há pelo menos 2.500 a.c., mas só no início do século 20 foi sistematizado como terapia de amplo alcance.
No Shiatsu aplica-se pressão dos dedos sobre centenas de pontos superficiais (tsubo, termo japonês que designa pontos energéticos) ao longo dos meridianos do corpo (linhas de energia), para estimular o fluxo do Ki (força vital) através dessas linhas. Trata-se de uma técnica segura e eficaz de caráter preventivo, mas também utilizado como forma terapêutica para doenças específicas.

Há vários estilos, digamos assim, de Shiatsu. Os mais conhecidos e aplicados hoje são: Shiatsu de acupressão (técnica específica para os pontos de acupuntura), Shiatsu dos cinco elementos (técnica que trabalha junto os elementos da medicina chinesa, água, madeira, fogo, terra e metal), Shiatsu macrobiótico (além dos pontos de acupuntura usa técnica dos pés), Zen Shiatsu (toques mais sutis, alongamentos e usa-se mais as palmas das mãos).
Ainda usa-se as palmas das mãos, antebraço, cotovelos, joelhos e os pés. Para ter uma ideia correta do poder do Shiatsu, é necessário entender o conceito oriental de energia e sua inter-relação com o ser humano, definindo o que é Ki, Yin e Yang, Meridianos (ou canais), Tsubos (pontos), Pontos de Comando e a Grande Circulação de Energia.

Ki (ou Qi ou Ch’i em chinês) pode ser concebido como a força que unifica e anima. Ele une a energia à matéria. A matéria em si é uma forma de vibração de energia, tudo que existe é considerado Ki. Toda matéria ou tudo que podemos conceber, seja um pensamento ou uma emoção tem Ki. Ele está em toda parte, sobre a terra e em volta dela. Alguns lugares, assim como algumas pessoas ou matérias, têm mais Ki que outros. Da nossa perspectiva, a luz do sol, sem duvida, é a maior fonte de energia de Ki.
Para que a vida se mantenha em nosso corpo, precisamos de um fluxo constante de Ki. Para manter essa energia ativa e constante, temos como principais fontes: Macrocósmica, a fonte que deu origem à vida e que permitiu toda a evolução da espécie humana; fonte Respiratória, que determina o nascimento de uma pessoa; fonte Ancestral (pai e mãe), uma fonte individual. É a soma da energia contida pelo pai e pela mãe capaz de gerar um novo ser; fonte Alimentar, lembrando que não estamos falando de quantidade, mas de qualidade desses alimentos; e a fonte Interpessoal, toda troca que existe entre humanos gera uma energia seja ela negativo ou positiva.

- Yin e Yang. Segundo os chineses, para que o nosso mundo fosse criado, a unidade manifestou-se em seus dois aspectos, opostos e complementares, negativo e positivo, a que os chineses denominaram Yin e Yang. Yin é o princípio negativo que se manifesta pela expansão; Yang, o positivo que contrai. Todos os fenômenos ocorrem a partir da interação constante destas forças antagônicas.
Estas duas expressões do Ki devem ocorrer no organismo humano de forma harmoniosa e equilibrada, gerando saúde tanto física como mental. Quando a proporção harmônica se altera, temos um congestionamento ao longo dos canais que conduzem a força vital. O bloqueio do fluxo de energia Ki caracteriza-se por uma série de sintomas sem causa aparente, sendo o primeiro estágio de desenvolvimento daquilo que chamamos de doença. Esta surge justamente quando o equilíbrio interno se desfaz debilitando o organismo e destruindo suas imunidades.

Meridianos são os caminhos através dos quais flui o Ki, formando uma rede que o liga às principais funções do corpo. Essa energia flui ininterruptamente através das estruturas do organismo em cinco diferentes níveis. O primeiro e o mais profundo localiza-se dentro dos ossos, o segundo nos músculos, o terceiro nos vasos sanguíneos e linfáticos, o quarto na região subcutânea e o quinto na superfície da pele.

Existem diferentes tipos de meridianos, de acordo com a função que desempenham, porém, apenas quatorze meridianos são considerados de maior importância. Doze meridianos principais associados a doze órgãos e dois meridianos extras são Ímpares, passando verticalmente pelo centro do corpo e tendo como principal função regular o fluxo energético dos outros doze meridianos. Cada um desses quatorze meridianos possui um número invariável de pontos que são designados pela inicial do meridiano a que pertencem e o número de sua localização.



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